No dinâmico universo do Instagram, a métrica de taxa de visualização tem se tornado um indicador crucial para avaliar o desempenho dos conteúdos em vídeo. Pensando nisso, o Instagram lançou recentemente uma nova métrica: a taxa de visualização (View Rate). Essa mudança não é apenas técnica: é um convite para repensarmos como criamos conteúdo.

Mas o que é a métrica de Taxa de Visualização?

A nova métrica de visualizações no Instagram conta a partir de 3 segundos de reprodução. Isso significa que, mais do que nunca, os instantes iniciais do vídeo são cruciais. Se não houver um gancho visual ou narrativo imediato, o público simplesmente passará para o próximo conteúdo.

Portanto, é essencial que, logo no início, o vídeo desperte curiosidade, surpresa ou identificação, provocando uma reação imediata no público.

Taxa de visualização versus qualidade

A verdadeira conquista está em equilibrar impacto inicial com conteúdo. Por exemplo, um Reels que inicia com uma pergunta provocativa ou um teaser visual deve entregar, nos segundos seguintes, uma solução, um aprendizado ou uma emoção genuína. Caso contrário, as visualizações serão apenas números superficiais, sem conversão em engajamento ou autoridade. Afinal, de nada adianta atrair o espectador se não conseguimos mantê-lo engajado até o final.

Conteúdo longo: a resposta à superficialidade dos “views vazios”

Nos últimos anos, vídeos curtos dominaram as redes, mas trouxeram um desafio: views sem significado. Muitas marcas acumulam visualizações, mas não constroem relacionamentos ou resultados tangíveis. É aqui que os vídeos longos ressurgem como tendência estratégica.

Plataformas como Instagram e TikTok já permitem vídeos de até 10 minutos, e o YouTube continua sendo um pilar para conteúdos aprofundados.

A chave está em usar esse tempo extra para:

1. Contar histórias completas: Uma série de tutoriais, documentários curtos ou análises de mercado aprofundadas criam um ecossistema de valor.
2. Educar o público: Conteúdos técnicos, como guias passo a passo ou webinars adaptados para o formato vertical, posicionam a marca como referência.
3. Humanizar a comunicação: Bastidores de projetos, depoimentos de clientes ou discussões sobre desafios do setor geram conexão emocional 213.

Na Priory, observamos que marcas como a Nike e a Coca-Cola já adotam essa abordagem, combinando vídeos dinâmicos em Reels com séries longas em Stories Highlights, garantindo que cada visualização traduza engajamento qualificado.

Como conciliar urgência e profundidade?

A resposta está na estratégia de camadas:

1. Primeiros 3 segundos: Use cores vibrantes, movimento ou uma frase impactante.
2. Segundos 5 a 15: Apresente o ponto principal do conteúdo, como um dado surpreendente ou um problema identificado.
3. A partir do 1º minuto: Aprofunde-se. Se o vídeo for longo, inclua exemplos práticos, dados de pesquisa ou convide o público a comentar dúvidas.

Views são meio, não fim

A métrica de visualizações é um termômetro poderoso, mas não devemos confundir quantidade com qualidade. Para marcas e criadores, o desafio é claro: criar conteúdos que mereçam ser vistos além dos 3 segundos iniciais.

Os vídeos longos exigem mais planejamento, mas oferecem um retorno incomparável: públicos fiéis, conversões sustentáveis e uma narrativa de marca consistente. Na Priory, incentivamos nossos clientes a abraçarem essa dualidade — ser rápido na captura, mas profundo na entrega. Entre em contato conosco para planejarmos uma estratégia de conteúdo vencedora para sua empresa.

Debora Behar Ribeiro é sócia-diretora da Priory, especialista em Neuromarketing e Estratégias Digitais. Com certificações em análise de métricas, lidera projetos que transformam visualizações em relacionamentos significativos.